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quinta-feira, 24 de julho de 2014

Seme'amor'...

Saber perdoar é algo que o ser humano precisa aprender. Como podemos pedir perdão por alguma coisa, se não sabemos perdoar? Livrar do peito uma dor, uma mágoa é algo fundamental para a nossa elevação espiritual. Se temos o livre arbítrio, podemos decidir o que queremos fazer, então que essas decisões sejam para o bem. Amar o próximo é uma dura lição mas só conseguimos isso quando temos amor próprio, e não se trata de egoísmo, muito pelo contrário, se eu me amo, eu passo a me respeitar a me entender a me perceber como protagonista da minha história e coadjuvante a história do outro. Mesmo que esse outro seja nosso antagonista. Tudo são escolhas. Se alguém escolhe ferir você, seja proposital ou não, precisamos do discernimento para entender todo o contexto. Mesmo que as vezes a gente queria afundar o crânio do antagonista com uma garrafa de vidro (dramático, não é?!). Somos seres humanos trazemos dentro de nós um caótico cenário de vivências, vidas e sentimentos, e organizar isso tudo é uma arte. A vingança existe em nós, mas devemos optar por não deixá-la tomar conta. Livre arbítrio. Algumas pessoas mudam, outras permanecem como estão, e não cabe a nós punirmos ninguém por nada. Tudo que fazemos nessa vida tem retorno, seja o bem, seja o mal, então o universo, ou Deus, se encarregam disso. Saber amar e ser amado é algo tão difícil quanto perdoar. Perdoar é divino, e nós temos esse poder também, pois o espírito do divino habita nosso corpo. Vingar-se é desumano, porque se eu resolvo punir alguém por um mal infligido, acabo me tornando algoz do outro, e faço mal, machuco, pelo bel prazer de me sentir ressarcido. Sentimentos contrastantes com os quais devemos lidar. É bem difícil, né?! Na teoria, tudo parece fácil e correto, mas na prática, a teoria é outra.
Isto posto, penso que o melhor a fazer é "demitir" quem nos faz mal e buscar ficar rodeados de quem sabe espalhar o amor. Para o nosso próprio bem, não por egoísmo. Eu me faço bem para poder fazer o bem ao próximo, sem esperar recompensas, porque elas vêm ao seu tempo. Enquanto isso podemos abrir nossos olhos, nossa alma e coração para que o bem chegue a nós também. Tarefa difícil essa. Mas talvez seja por isso que muitos de nós estejamos aqui nessa vida, para aprender isso e depois aprender outras tantas lições. A vida é um eterno aprender.
Planto o amor em mim, para que uma árvore forte cresça, gere frutos e com eles mais sementes para que eu possa semear o amor por aí... Não sejamos semea'dores' porque quem semeia dor, colhe toda a tristeza que nela está arraigada. Sejamos então seme'amores', para que colhamos amor e tudo de bom que ele pode nos proporcionar.

domingo, 20 de julho de 2014

Verdade...

A maioria das pessoas trata os sentimentos dos outros de forma tão leviana, que isso me deixa deveras incomodado. Existe uma urgência, um egoísmo latente que nos impede de pensar nos outros, focando somente no que o meu EU anseia. E assim, o seu EU te cega, te sufoca e cada vez mais você permanece na dependência de ter o que você quer, doa a quem doer. Esse é o ser humano de hoje, ou pelo menos boa parcela. Somos feitos para acabar, nascemos com a certeza da morte, e mesmo sabendo da nossa curta temporada aqui na terra, ao invés de experimentarmos e vivermos sentimentos bons, que complementem os dos outros, começamos uma guerra sem fim onde o meu prazer é mais importante do que o seu. O que você quer levar dessa existência? Quem você quer ser? E quando tudo acabar e você olhar para trás, do que você quer se orgulhar?
Tenho estado pensativo por esses dias, e tomado por uma tristeza que nunca antes experimentei, permiti-me verbalizar o que eu sinto. Egoísmo? Talvez, mas o que escrevo te incomoda?
O ser humano sofre da razão, e adoece por causa dela. Guardamos em nosso corpo as lembranças da vida e tudo aquilo que sentimos. Quando sentimos coisas ruins, guardamos-a num canto escuro de nós e ela fica ali, crescendo, se alimentando do que temos de bom, e crescendo, transformando tudo em coisas ruins, em doenças. Tumores, depressão, gastrite, espinhas... O que temos e sofremos é resultado de sentimentos não vividos, não externalizados. Se eu guardar pra mim o que é bom, isso também me fará mal, porque não dei a oportunidade a esse sentimento de sair de mim e contagiar outras pessoas e assim crescer. Não quero adoecer da razão, menos ainda do medo de não sentir. Quero a liberdade de ser, de propósito, sabe?! Viver aquilo que me faz feliz, chorar aquilo que me faz mal, colocar em palavras aquilo que sou.
Tem coisas que estão em nós, que é muito difícil de deixar sair, por isso eu danço, porque dançar abala as estruturas internas de mim, sacudindo a poeira e colocando pra fora aquilo que não deve se fixar em mim, eu canto, porque nas palavras encontro as respostas para os meus porquês, nas notas eu emerjo sentimentos encalacrados na garganta, e quando isso não basta eu escrevo, me permito ser arte literal, poesia sintética, prosa e verso, porque toda essa pluralidade é o que me torna especial, não pra você que provavelmente não goste da minha interpretação, da minha dança, canto ou escrita, mas especial pra mim. Porque estou me respeitando, tratando daquilo que sinto sem prejudicar ninguém... Se você estiver incomodado com isso, pare de ler, ué! É simples. A vida é curta para nos importarmos em guardar as coisas que sentimos, e não viver o que devemos viver. É isso que vamos levar para outro plano, para outro lugar quando chegar o fim. As lembranças dos bons momentos vividos, o sorriso e a lágrima, mas acima de tudo aquilo que eu me permiti ser, de verdade.
Sinto-me mais leve. Cante, Dance, Escreva, Atue, Seja, como se não houvesse amanhã, porque um dia não vai haver... E aí, quem você quer ser? Do que quer se orgulhar?

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Me colha!

O sabor da alegria invade minha boca, entorpece meus sentidos, amortece o meu corpo. Ouço sons desconexos imerso nesse torpor saboroso. Me sinto diferente, algo bem estranho. Estou maduro, como uma fruta no pé, então me colha! Permita-se experimentar meu sabor e ser arrebatado pelo sentimento. Palavras não são necessárias porque elas tentem a limitar, elas não são suficientes para descrever a sensação. Deixar-se levar é algo muito difícil, exige confiança e domínio de si. Não espere nada, não anseie nada, porque se aquilo que quiseres não acontecer você terá somente o gosto amargo em sua boca. Porém, se nada esperares, aquilo que vier o arrebatará de tal modo que tudo fará sentido, terá valido a pena e o gosto será maravilhoso.
Que diferença significativa, amadureço de forma surpreendente. Surpreso. Só os tolos se deixam confundir por sentimentos felizes, só os tolos confundem a felicidade com uma mentira passageira. Quem não arrisca não petisca. Quem não se joga, não sabe o sentimento de 'voar' mesmo que depois venha a queda, mas sabe como dizem, "se doeu é porque valeu", mais vale a dor de ter vivido do que o remorso de ter deixado a oportunidade passar.
Estou me sentindo primaveril, mesmo que ainda hajam vestígios de inverno aqui dentro, mas é questão de tempo para eles passarem e a primavera tomar conta. Eu sei o que eu quero, sei quem eu sou, estou disposto a arriscar, sem esperar nada em troca. Tenho medo, mas sentir medo é um tanto normal. Já aprendi que nosso "final feliz" não existe como nos contos de fadas, nós somos os responsáveis por terminar o roteiro da nossa vida e muitas vezes um 'final feliz' pra mim, não é feliz pra você. Dessa forma, sempre haverá uma parte não feliz completamente. Então vamos viver sem restrições! Sejamos felizes, cantemos e dancemos embriagados pelo sabor da alegria. Eu tô pronto, já estou brindando! E você vai esperar o que? Deixa eu te mostrar o sabor... Vem cá, me colha, já estou maduro no pé!

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Encontre o erro...

Encontre o erro.
Onde ele está? Preciso de ajuda por que eu realmente não consigo mais. Estou sem forças. A imagens caóticas desse caleidoscópio não fazem mais sentido. Desconexo. Eu tinha a obrigação de não permitir que os erros fossem tão significativos a ponto de mudar o rumo das coisas.
Imagens soltas, fragmentadas, e as lágrimas? Porque não vêm? Não consigo mais chorar. Me sinto vazio. Algo aqui morreu, me deixando assim.
Porque você insiste nisso? São erros que não consigo encontrar e que me deixam assim, nesse desalento, nessa incessante busca de algo que me preencha. Você sabe quem eu sou? Sabe quem eu fui? Isso não importa mais; pretérito imperfeito lançado no abismo das desilusões. Quem eu quero ser? Quero ser alguém que não erra, que não mais sofre, que não mais chora suas dores e as feridas que outros me infligiram. Encontrem o erro e me digam por favor!
Essa imagem que sempre volta a minha mente me atormenta. O ontem já passou e eu só desejo o amanhã, mas não o encontro, porque sempre que acordo estou o hoje e o amanhã é sempre desejo, uma promessa que nunca chega!
Junto as imagens, lanço mão, remonto, recrio, fantasio demais o futuro mas não consigo me desprender do presente...
Dentro do meu quarto branco, decorado de forma simples mas que fala de mim, junto as imagens que não quero mais comigo encaixoto e deixo do lado de fora da minha porta dourada. Tranco a porta. A verdade está lá fora também, mas por hora eu só quero encontrar o erro!
Erro, solo...
Solo, erro...
Encontre.
Se...
Encontre-se.

terça-feira, 8 de julho de 2014

Diálogo...

DIÁLOGO (ou Um pedaço de nós dois)

HOMEM – tem café e bolo, aí no criado mudo. Fiz aquele que você gosta, com banana e canela. (ela olha e sorri) A ração dele acabou, e eu não vou comprar, você sabe. Isso é sua função, eu nunca quis isso em casa. (ela olha triste) Acho muito bom você tomar as providências porque já estamos ficando sem comida também. Eu não tive tempo de ir ao mercado, ainda mais com tudo isso acontecendo. (pausa) O tempo tá esfriando e parece que vai começar a chover... Eu sei como você odeia dias assim, mas nem tudo pode ser como a gente quer. (ela olha pela janela, caminha até o homem, pausa) Nem adianta me olhar com essa cara. Ontem eu tive outra entrevista, num restaurante aqui perto, mas sabe como é, a mesma ladainha de sempre, eu faço o prato que eles me pedem, eles provam e dizem que vão me ligar, que tem outros candidatos à vaga. Balela, isso pra mim já é um não, enorme, cravado no meu peito. Pra que dizer que vai ligar e não ligam nunca? Tudo seria muito mais fácil na vida da gente, se as pessoas soubessem falar o que pensam e o que sentem sem criar falsas expectativas nos outros. Ou você quer ou não quer, simples, rápido e indolor. (pausa) Será que você pode por favor colocar um casaco? (homem coloca o casaco na mulher) Aí, ó, não falei, começou a chover! (pausa) Os dias tem sido chuvosos ultimamente, reflexos da vida? (olham-se) Eu sempre admirei a sua segurança, seu bom gosto para os filmes e como você sabia fazer cafuné em mim quando eu estava carente. Você sempre soube como falar, sempre soube como acariciar. E eu não entendo porque você não me contou antes. Será que eu pareço assim tão desequilibrado e frágil, que cometeria alguma besteira? (mulher olha com ironia) Todas aquelas ligações e mensagens que você trocava com ele, aquelas saídas dia sim dia não... Eu não enxerguei. Aliás eu me ceguei diante diante do óbvio?! O que você pensaria se estivesse no meu lugar, hein?! (celular dele toca, mulher olha brava) Relaxa, eu não vou atender, devem ser do restaurante para confirmar o não. Quantas vezes eu te deixei sozinha no quarto enquanto eu ficava horas e horas na cozinha em busca do sabor perfeito para as minhas receitas... Quantas vezes você sofreu calada? Eu não estava te trocando. Todas aquelas brigas eram idiotas e sem fundamento. Também pudera eu sou de sagitário e você de escorpião. Somos o nosso inferno astral, não era isso que você dizia sempre? (sorriem) Nossa, fazia tempo que não via você sorrir assim, de mostrar os dentes, que bom. Sabe aquela revista que você comprava sempre e que eu achava que era a maior perda de tempo e dinheiro? Pois é, eu li um artigo interessante falando que sorrir faz bem para o corpo e ajuda em tratamentos médicos. Por isso você adotou ele? Eu via como você sorria, mas você me trocava por ele! Eu estava ao seu lado a muito tempo e você me troca assim por um saco de pulgas? (pausa, ele levanta vai até o criado mudo, se serve de bolo e café, senta e come. Ela anda pelo quarto, olha para ele, para na janela, suspira, ele falando de boca cheia) Tá chovendo muito, acho que não para tão cedo. (ela olha reprovando) O que é? A vida inteira eu falei de boca cheia e você nunca falou nada... Tá você falou, mas eu não sou bom em entender indiretas... Não faz essa cara! Lembra quanto tempo eu levei para entender que você estava afim de mim também? Falando nisso, chegou o convite de casamento da Júlia, quem diria que nossa amiga feminista iria casar algum dia. Ainda bem que ela teve o bom senso de te contratar pra organizar tudo, porque do contrário aposto que ela serviria linguicinha com farofa e cerveja com pagode! Você sempre se destacou quando o assunto era organizar eventos. Não era surpresa pra ninguém que a bem sucedida do casal fosse você. Também o que um cozinheiro desempregado poderia oferecer? Eu deveria ter engolido meu orgulho e aceitado fazer os buffes dos seus eventos, mas esse machismo, essa coisa de pensar que não seria bem visto eu trabalhar para minha mulher fez com que eu negasse sempre. Ah... será que você consegue pagar as contas desse mês? Elas vencem amanhã. Eu gosto como a chuva desenha na janela, acho que é meio que um relaxante pra mim. Esse bolo realmente está muito bom, você deveria provar, da próxima vez que eu for para uma entrevista, vou fazer esse bolo. Me superei, massa leve, firme, tempero na medida certa. Sempre soube como medir as coisas na cozinha, e porque não conseguia fazer isso com a nossa vida? Ontem ligaram da agência de viagens, sobre aquele pacote para Nova Iorque, lá nessa época do ano não chove, pelo menos. Eu não confirmei nada porque precisava falar com você antes. Você viu que eu repus o seu abajur? Eu sei que o que eu quebrei era seu de estimação, que sua vó tinha lhe dado quando você era pequena... (mulher olha surpresa) Ah, eu não disse que fui eu que quebrei, né?! Eu sabia que você ficaria triste e provavelmente a gente brigaria, por isso era mais fácil culpar o pulguento que você não ficaria tão zangada. Você fica tão sexy quando está zangada... Que? Não me olha com essa cara, eu tô sendo sincero. (ela sorri) Eu sei que eu deveria ter aprendido a ser sincero antes. Mas como eu conseguiria ser sincero com você fazendo aquelas ligações e trocando aquelas mensagens e saindo várias vezes? Isso me deixava louco de raiva, porque eu me sentia traído! Eu sempre do seu lado, tudo bem que eu talvez não fosse o melhor pra você mas você sempre foi  o meu melhor, tudo aquilo que eu deveria ser, mas aquela bruxa exotérica da sua mãe que teimou em fazer nosso mapa astral e falou que somos o nosso inferno, mas o inferno são os outros! Eu queria você! E agora tudo que você me oferece é esse silêncio! Valeu a pena guardar esse segredo? Eu poderia ter feito alguma coisa... E agora to com esse nó encalacrado na garganta e nem chorar na sua frente eu posso! Eu já falei que não adianta me olhar assim... Eu nem consigo mais dormir no escuro, tudo porque eu me acostumei a dormir com a luz do corredor acesa porque você sempre teve medo do escuro! E acredite o escuro é o menor dos meus medos agora! Fala comigo! Pelo amor de deus, me responde! O que você tá sentindo? Porque você não me falou antes? Porque?  Eu te amo tanto, mas tanto que seu silêncio grita em meus ouvidos! Eu te amo! Como eu me arrependo de não ter dito isso mais vezes! Fala comigo! Reclama dessa chuva que continua caindo... Da minha indiferença com o pulguento... Do abajur que você agora sabe que eu quebrei e menti pra você, não disso você não pode reclamar porque você também mentiu pra mim. Me fazer acreditar que você tinha outro com o propósito de não me fazer sofrer? Você achou mesmo que eu abriria mão assim tão fácil de você? Eu luto por você com todas as minhas forças... Fala comigo! Porque?! Eu sempre fui pessimista, e nem estava com intenção de amar até te encontrar. Você saia tantas vezes que deveria ter saído mais e procurado uma segunda opinião, uma terceira, uma quarta... E você continua assim, sem falar nada? O que eu vou fazer agora? Eu aprendi tantas coisas com você, mas você não me ensinou a... (pausa, suspira) Você sempre soube melhor do que eu a lidar com perdas, né? Você sempre foi forte. Sai logo dai. Volta pra casa comigo... Amo você.
(homem sai, medidor de batimentos cardíacos para. Ela morre. Black out)


Texto escrito por Kaio e Giovana numa madrugada qualquer.

sábado, 5 de julho de 2014

É com esse que eu vou...

É urgente. É fundamental. É novo. A possibilidade foi dada e a sorte lançada. Quiçá novas terras, novos ares, novas paisagens para preencher a moldura da janela no meu novo quarto. Minhas raízes aéreas seguem o fluxo contínuo dos ventos do destino e sem vontade ou necessidade de ficar eu vou arrumando minhas coisas, ajeitando coisas aqui e ali, de modo que a partida seja indolor, imperceptível. Nunca me dei bem com despedidas, o ‘adeus’ pra mim é algo desgastantemente doloroso e opcional. Anseio por novidades e esta porta que se entreabre é iluminada pela aurora de um novo amanhecer, um novo despertar. Primavera? Não lá é Outono. Lá é um lugar longe, é um lugar onde começarei do zero. Isso não será um problema para mim, considerando que começar do zero é algo que muito eu fiz, acho até que posso colocar no meu currículo como complemento, ora pois.
Não sei se lá eu vou fincar raízes por mais tempo, quem sabe os ventos soprem mais uma vez e eu acabe voando por aí. Não sei, e nem pretendo me demorar nesse pensamento. Focado no agora, no presente, tá, focado um pouquinho no futuro também.

Vou vazio de tudo, pronto para poder receber tudo de bom que o universo mandar. E que o universo seja mais benevolente dessa vez.