É urgente. É fundamental. É novo.
A possibilidade foi dada e a sorte lançada. Quiçá novas terras, novos ares,
novas paisagens para preencher a moldura da janela no meu novo quarto. Minhas
raízes aéreas seguem o fluxo contínuo dos ventos do destino e sem vontade ou
necessidade de ficar eu vou arrumando minhas coisas, ajeitando coisas aqui e
ali, de modo que a partida seja indolor, imperceptível. Nunca me dei bem com
despedidas, o ‘adeus’ pra mim é algo desgastantemente doloroso e opcional.
Anseio por novidades e esta porta que se entreabre é iluminada pela aurora de
um novo amanhecer, um novo despertar. Primavera? Não lá é Outono. Lá é um lugar
longe, é um lugar onde começarei do zero. Isso não será um problema para mim,
considerando que começar do zero é algo que muito eu fiz, acho até que posso
colocar no meu currículo como complemento, ora pois.
Não sei se lá eu vou fincar
raízes por mais tempo, quem sabe os ventos soprem mais uma vez e eu acabe
voando por aí. Não sei, e nem pretendo me demorar nesse pensamento. Focado no
agora, no presente, tá, focado um pouquinho no futuro também.
Vou vazio de tudo, pronto para
poder receber tudo de bom que o universo mandar. E que o universo seja mais
benevolente dessa vez.
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