Total de visualizações de página

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Daqueles gritos na imensidão #13...

Por necessidade, por medo talvez, resignei-me a clausura egoísta do silêncio. Não foi somente contigo que deixei de falar. O fiz por estar incomensuravelmente farto das banalidades rotineiras do calendário. Todavia, ficar no silêncio eterno seria ruim, principalmente comigo. Gosto de fazer-me companhia. E isso me animou. Muita gente tem se mudado aí para a casa das estrela. Dizem que a terra está passando por momentos espirituais difíceis e que os bons estão indo. Verdade, já partistes. Não sei se isso é bom, mas acho que vou demorar por aqui. Bom ou mau? Equilíbrio inclinado para bom. Tento. Por vezes me pego a chover. Chovo várias vezes na verdade. E ninguém me entende, nem eu mesmo pois era através de suas palavras e seus olhos que percebia-me poema e reconhecia-me. Todos os dias vejo seu retrato e ainda sinto-te ao alcance da mão. E dói. Como sempre dói. E como sempre vai doer. Chove.