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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Pegadas...

      'As vezes [Sempre] ando só, trocando passos pela solidão' vacilante entre rascunho e arte final, por horas amarelo, por horas negro como o manto da noite, buscando... Sempre ser o melhor, não entre os demais, mas ser o melhor de mim...

      Por esses dias, fui assolado por um sentimento, já conhecido por mim, sentimento esse causador de muita dor e reflexão... Muitas vezes eu duvidei do elo que somos capazes de criar com aqueles que amamos, e por vezes desconfiei de tais relatos, porém, nesta fatídica e derradeira semana, pude senti-lo...
      É estranho que, eu, 'cético', tenha escrito um texto galgado em tal sentimento... Essa 'Luz' nascente, sempre estivera distante de mim, uma estranha que jamais houvera dado se quer um feixe de sua existência. Ao mergulhar nesse oceano de tristezas, visitado antes por mim, percebi exatamente as 14h30, sem entender o motivo de ter olhado no relógio a essa hora e por ter se fixado em minha memória segui caminhando por entre a escuridão. Exatamente nesse horário tive um encontro com 'Luz'... Embora distantes, o elo por nós cultivado mostrou-se forte, tanto que não poderíamos nos separar sem um último olhar trocado, sem um último sorriso... Último?
      Percebi então, que esses elos realmente existem, e reforça ainda mais a ideia que essa pausa entre aqueles que amamos, são somente uma moratória para o futuro reencontro...
Vou sentir saudades...
Como antes eu já sentira...
Um pedacinho de mim também se foi...
Desejo que um dia eu consiga reencontrar meus pedacinhos para assim me sentir completo, feliz, real...

As pegadas deixadas para trás, revelam o quão tortuoso e longínquo foi o caminho que percorri. Embora sejam tristes muitas destas pegadas, são elas que me dão força para continuar a trilhar a caminho do meu sonho...

'eu perdoo mas não esqueço. eu paro de chorar, mas não de sofrer...' (Lília Cabral - Viver a Vida)

'Como um animal [Profano] que sabe da floresta, renascer da própria força, própria LUZ e Fé... Vai como a criança [Pequeno] que não teme o tempo... Como se fora brincadeira de roda, jogo do trabalho na dança das mão, no suar dos corpos na canção da vida, no suor da vida no calor de irmãos'
(licença poética para 'Redescobrir')

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Diário de ontem...

03 de Maio de 2011...
Querido diário... Meu bom Deus que clichê!
Bom na parte da manha, conversamos e resolvemos pendencias administrativas (risos) a cerca do primeiro destino. Lido o texto, considerações dramatúrgicas e estéticas foram feitas, conversadas e acordadas. Adaptamos então o Primeiro destino. Assim que possível, envio o texto do Primeiro para minha amada Cac para ela incluir nele as referências Abraãonicas! (risos) sim o Abraão vai ajudar e muito... Graças a Deus... Deus?! (risos)

Hora do almoço - conversas soltar a acerca de tudo que está sob o sol! diálogos infindáveis de como alguns ditos artista estão, por assim dizer, caminhando por caminhos tortuosos e repletos de sifrões, onde o objeto da arte é deixado de lado... Profundas conversas para um almoço...

Na parte da tarde ensaiamos nosso 'Pequeno'. Sei que os pais não podem declarar um amor assim tão especial por um único filho deixando os outros traumatizados e fazendo terapia - a menos que dessa terapia surja uma nova peça teatral (risos) - mas Cac e eu nutrimos um amor tão puro e sincero por nosso Pequeno que o Primeiro - O primogênito - e Luz que ainda é gestada, ficam em segundo plano, talvez terceiro se beber café estivar na lista... (risos) Bem o fato é que ontem estava demasiadamente debilitado por uma gripe mal curada... Isso me deixa um pouco abatido por não conseguir meus 8643867697% de entrega... Mas iniciamos! De cara marcamos a cena 4, ou engatamos a quarta marcha! Achei muito difícil e fria a composição desta cena, e visto a intensidade e ritmo das cenas anteriores, esta teria um ritmo e peso diferente, seria mais densa, um buraco negro... Afinal trata-se do enterro. Não conseguia curtor a cena, faltava algo... Quando a Cac disse para passarmos o espetáculo todo, senti o Pequeno, vivo, pulsante em mim, não mais o Kaio pensava ou agia mas sim o Pequeno, foi muito bom! Mas... quando cheguei na cena 4... Pensei: Ai cara! Essa cena tá complicada! Mas me entreguei e consegui fazer a cena! foi muito legal! e cada vez mais ela foi se interiorizando e se tornando parte orgânica do Pequeno. Dói fazê-la pelo sentimento presente, esse reviver e perder, encontrar e despedir...
Repetimos o espetáculo novamente e então, por causa dessa gripe idiota (ai que raiva!) eu travei, deu um branco! Meu deus como assim? eu sei o texto, eu sei as coreografias as músicas, tudooo... sabia qual era a cena seguinte mas não sabia como chegar nela... minha voz não saia... Parei e a Cac pediu que eu iniciasse tudo novamente... Maybe this time... De entregar-me ao Pequeno de vez... E aconteceu o espetáculo mais uma vez, um pouco melhor do que antes... Vida em cena por fim... Eu sempre li e ouvi na Faculdade todos falarem do subtexto, mas nunca havia utilizado esse subtexto de forma consciente durante a cena... e desta vez eu utilizei... e foi instintivo, natural...
Fiquei feliz com o resultado... A Cac também...
Bom é isso...

Breve pretendo postar minhas considerações com relação as coreografias e meus parthners - sei que se alguém tiver lido esse post desse blog deve se perguntar: Mas não é um monólogo? Como ele tem parthner em cena? - OLHA MEU BEM acomanhe meus p´roximos movimentos de escrita e não perca a estreia! Nossa isso ficou meio anúncio de novela... Credo!
=D


'Leve na lembrança, a singela melodia que eu fiz, pra ti ó bem amada, princesa olhos d'água...'

segunda-feira, 2 de maio de 2011

A música tema do 'Pequeno'

Estou bem empolgado com a caminhada e cada descoberta do 'Pequeno'...
Decidi que deveria além dos meus diários sobre a montagem, postar os motes para a criação desse monólogo, bem como situações, fatos, músicas ou fotos que de alguma forma criassem afetos com essa personagem (e consequentemente com sua máscara)

Então, lá vai a música que inspirou o Texto 'Le destin du Petit'

Non, Je Ne Regrette Rien

Non... rien de rien...
Non... je ne regrette rien
Ni le bien qu'on ma fait,
Ni le mal - tout ça m'est bien égal!

Non... rien de rien...
Non... je ne regrette rien
C'est payé, balayé, oublié,
Je me fous du passé!

Avec mes souvenirs
J'ai allumé le feu,
Mes chagrins, mes plaisirs,
Je n'ai plus besoin d'eux!

Balayé les amours
Avec leurs trémolos
Balayés pour toujours
Je repars à zéro...

Non... rien de rien...
Non... je ne regrette rien
Ni le bien qu'on ma fait,
Ni le mal - tout ça m'est bien égal!

Non... rien de rien...
Non... je ne regrette rien
Car ma vie, car mes joies,
Aujourd'hui, ça commence avec toi!

Não, Eu Não Me Arrependo de Nada

Não! Nada de nada...
Não! Eu não lamento nada...
Nem o bem que me fizeram
Nem o mal - isso tudo tanto faz! (5)

Não, nada de nada...
Não! Eu não lamento nada...
Está pago, varrido, esquecido
Não me importa o passado! (2)

Com minhas lembranças
Acendi o fogo (3)
Minhas mágoas, meus prazeres
Não preciso mais deles!

Varridos os amores
E todos os seus temores (4)
Varridos para sempre
Recomeço do zero.

Não! Nada de nada...
Não! Não lamento nada...!
Nem o bem que me fizeram
Nem o mal, isso tudo tanto faz! (5)

Não! Nada de nada...
Não! Não lamento nada...
Pois, minha vida, pois, minhas alegrias
Hoje, começam com você!


SOMOS CONSEQUÊNCIA DAS NOSSAS ESCOLHAS, POR ISSO NÃO DEVEMOS NOS ARREPENDER DE TER FEITO OU NÃO FEITO ALGUMA COISA...

pequeno kaio