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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Daquelas que desejo que sejam entregues...

Liberdade...
Fazia um certo tempo que eu não me sentia assim, livre, sem medos. Eu que ultimamente estava recluso em minha concha protetora, como uma ostra que guarda em segurança o seu bem mais valioso, percebi que de nada me vale uma vida de oclusão, sendo que tanto eu tenho para mostrar e viver. As cicatrizes da vida são profundas, mas nada que o tempo não cure e que um bom remédio não possa amainar a dor. Se você foi machucado, é porque de certa forma deixou que isso acontecesse. Nós permitimos muitas coisas. Às vezes, não nos ouvimos, não ouvimos os outros e nesse caos inteligível, os machucados acontecem. E nos fechamos. Mas devemos aprender a entender o outro e a perdoar, acima de tudo, porque se mal nos fizeram, teve algum motivo. Talvez a gente nao entenda. Talvez, machucar seja a forma encontrada para revelar,  e com isso mudar o curso em que estamos e colocar tudo no lugar. Mas dói. Né?! Eu sei, mas não podemos nos fechar.
Quando eu me fecho, me privo de coisas, fico impermeável para a sensibilidade tão latente em mim. Quando me fecho, fecho as possibilidades de que um grãozinho de areia chegue a mim para que eu o transforme em uma linda pérola. Quando me abro, mostro ao mundo aquilo que sou e que sou muito mais do que essa concha protetora. Eu transformo, eu preloleio aquilo que toco e que se permite perolar. Toca-me e viro água, viro mar, viro melodia, viro aquilo que sou capaz de virar, e mesmo o incapaz, muda porque vontade eu sempre tenho. Guardo em mim muitos sonhos, sonhos luminosos como estrelas no céu...
Me dei de presente a liberdade. E isso me faz um bem tão grande que transborda de mim e chega a você. E eu sou. Eu vivo. Eu arteio e peroleio pelos palcos da vida como se não houvesse amanhã. E como é bom estar assim. Você já se experimentou ser livre? Que seja apenas hoje para começar? Já experimentou arrancar esses poemas presos dentro de você antes que se tornem pérolas opacas? Arranque! Dance, se preciso for, para que eles saiam. Seja poesia concreta, seja abstrata, seja aquilo que deve ser. Aprender isso é um passo muito importante para a nossa existência.
Liberdade.
Seja.
Colar de pérolas.
Eu agora não pretendo mais deixar essa minha liberdade escapar de mim, quero dividí-la com você, quero que todos possam ser livres e se ouvirem para que nao haja mais maldade, para que as cicatrizes que vamos colecionar ao longo da vida sejam de alegria, feitas durante longas brincadeiras de esconde-esconde e pega-pega, regadas a sorrisos e não tristezas.
Que nossa vida seja leve. Seja amor. Seja Eu, seja você. Que seja Aida. Que seja Oliver. Que seja quem quiser.
Permitamos!

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