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sexta-feira, 16 de março de 2012

PianoPianoPianoPiano...


Eu tô ouvindo, acho que pela milionésima vez a mesma balada melosa e imbecil... Tocada no piano, sem voz... Fico imaginando mil e uma possibilidades de letras que possam se encaixar na melodia, mas sempre caio nas mesmas obviedades bucólicas e saudosas, onde princesas choram a falta de seu príncipe encantado, enquanto seus príncipes fogem com uma vagabunda qualquer... Não é assim? Não, agora as princesas não são mais tolas como nos contos de fadas, elas não esperam pelo príncipe... Esperam pelo vampiro, que venha e lhes dê oque elas mais querem, a imortalidade. E a vagabunda é só aquela menina que na verdade sabe oque quer da vida, mas no mundo do faz de conta, isso é pecado, então a consideram uma transviada que decidiu pelo caminho torto [ou certo?!] Não sei!
Estou cansado dos clichês... Mas que posso eu querer se o mundo é repleto deles? Que posso fazer se eu mesmo sou um enorme e redundante clichê que vasculha incansavelmente sua lista de músicas e cai sempre na mesma baladinha de instrumental piano? Sou mais um... Ridículo... Mas não um ridículo qualquer, porque ouço a mesma música incansavelmente – e ela recomeça mais uma vez – enquanto me conformo em não esperar o amor me encontrar. Dedilho por entre o escuro do quarto, palavras de uma mente insanamente inquieta e disposta a dialogar e questionar e se entregar ao absinto de viver.
Me inebria... E a música vai chegando ao fim mais uma vez... Me deixa completamente tonto... Com os dedos inflamados de tanta vontade de escrever, com os olhos ansiosos por ver ainda oque não vi e na boca o suspiro desejoso de descobrir uma nova melodia para a minha vida. Parece que acompanho o ritmo da música com minhas letras digitadas...
E na boca um suspiro desejoso... Viu acabei de cair na obviedade, no irreal/real faz de conta que engloba essa tola vida... Acho que assim como a música que começou de novo, acabo repetindo, redundando entre coisas que eu não queria redundar, mas que nesse círculo vicioso tendem a retornar como uma ciranda da vida.
Ok... É o cúmulo do besteirol... Pateta demais... Otimista [?] demais! Últimos acordes... Dessa vez eu paro, dessa vez eu mudo de música, mudo de texto, recrio uma ideia, algo que finalmente possa acalentar minha alma e meu...
Droga... Começou denovo... Como eu faço pra parar de sempre repetir [eu ou a música?]
Respiro fundo... Pausa... Penso nisso tudo... E ela acaba de novo! [a música ou a ideia?!]
Silêncio... Preciso de outra música, quem sabe eu escolha uma boa, uma melhor, que realmente signifique algo pra mim.
Aqui [instrumental piano]
Milionésima e algumas vezes... [pateticamente redundante]
(kaio gomes bergamin)


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