Embora o frio estivesse assolando estas altas terras, nosso pequeno mantinha-se aquecido e protegido. Resolvemos algumas questões de produção e relatamos momentos em que, durante a semana nos sentimos ‘pequenos’ e ‘máscara’.
O ensaio foi pulsante...
Meu coração (meu?) acelerou em diversos momentos... E percebi a presença mais incisiva desse pequeno, como se ele passasse a interagir na cena por vontade própria, sem que eu tenha que ‘interpretá-lo’.
Dancei...
Foi marcante... Duas danças extremamente distintas, tendo somente a música como elo... Desvairo e Pose... não tinha percebido a sutileza entre elas... Foi bom dançá-las com essa consciência cênica mais viva... Analisando bem, acho que criamos uma nova modalidade de dança: Exótica! (risos)
Senti...
Tudo foi mais forte, mais vivo, foi diferente, mas não desconhecido, complexo não é ‘meu bem’ acredito que seja essa a complicação presente em sua vida... Tudo ganhou um significado novo, intenso e real. Houve uma exploração maior dos elementos cênicos acarretando assim a maior assimilação e compreensão da dramaturgia texto e dramaturgia corpóreo-vocal.
Cantei...
Tem sido extremamente fascinante a possibilidade de cantar com o pequeno, não que eu nunca tivesse cantado antes com outro personagem, mas com o pequeno é diferente... Cantamos com o corpo, com a alma... É algo que transcende o limite material! Canto sem preocupações com tom e afinação... CANTO somente e de meu corpo (meu?) irradia essa canção como se a partir daquele momento a vida começasse, como se nada mais importasse, como se aquele fosse o mais próximo que ele pudesse estar da felicidade, de sua paixão!
Explode... Canto... Explode... Dança... Explode vida enfim!
Liberdade...
PEQUENO - Mas ficou, e acredito que sempre ficará, aquela saudade, de quando a vida era mais fácil, mais simples... Dos olhares, dos passos, do som dos sorrisos sinceros, sem preocupações... Das luzes que sobre nós revelava a felicidade de ser e estar, de puro sentimento... Vou guardar comigo... Juntar tudo isso e colocar em meu peito, no espaço aberto, já que quando partiste, levaste uma parte de mim... As luzes se apagam enfim e a porta se abre. Caminho... Pequeno novamente... (cresci?)
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