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terça-feira, 27 de outubro de 2015

Daqueles gritos na imensidão #3...

Talvez se eu tomasse uma taça de vinho, aditivada com uma poção fulminante, eu consiga me libertar definitivamente. Procuro pelas ruas sinais de bem, caminho por entre as incansáveis luzes ofuscantes desejando mais, porém minha mente cansada não consegue enxergar nada além de pequenos fragmentos de luz que se distanciam. Distância.
Depois de muito tempo recebi uma mensagem positiva, me mostrando que talvez houvesse chances de meu sonho ganhar forma, vida, mas, como ultimamente tudo tem sido uma interminável sucessão de perdas e desgostos, esse pequeno fragmento luminoso e esperançoso se apagou.
Hoje, pelo menos, senti fisicamente meu coração batendo. Sinal de que essa merda toda ainda não acabou. Quero algum sinal, algum atalho, algo que me mostre que tá valendo a pena ficar aqui nessa inconstante montanha russa que se desloca somente para baixo.
Pena que eu sou, como dizem por aí "certinho". Também pudera, com tudo dando errado, se eu também fosse errado estaria num desequilíbrio gigante. Ser "certinho" meio que equilibra. Ou talvez eu esteja me enganando. Tipico.
Tudo tá perdendo o sentido, tudo tá ficando desfocado, tudo está se tornando um enorme "NADA". Eu juro que estou tentando, só que chega num momento que a gente não aguenta e simplesmente... Assim como fizestes. As pessoas se ferem, se criticam, se julgam, não pensam no bem dos outros, e até a corrente mais forte, pode quebrar quando banhada em ácido corrosivo. E ninguém faz nada. Todos sentam em seus próprios rabos e reclamam, falam mal, mas ninguém toma iniciativa e muda. Será que eu me tornei um deles? Mas eu nunca me contentei ou estagnei. Eu sempre busquei ser o melhor de mim, sabes disso. Mesmo que essa busca tenha me levado para longe, longe de tudo, inclusive de mim.
De que me adianta viver se não posso fazer o que amo? Não tenho conseguido ajudar ninguém. Desde que viajastes, a princesa e a rainha tem duelado o tempo todo, tem sofrido o tempo todo. Eu desejei que aquilo que as aflige viesse de forma certeira até mim, mas parece que não foi o bastante para ajudá-las.
E como tens passado? Como são os dias ai? Espero que não tenhas me esquecido...
Não tenho com quem desabafar, por isso mantenho meu ritual de escrever-te, para quem sabe, possas rezar por nós. Te amo muito, viu? Se puder, me responda em breve.

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