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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Sozinho...


Nunca foi a primeira opção... Sempre trocado, viveu a margem de tudo.
Você acha que eu sou feliz? Máscara. Veste-a. Para poder suportar a dor que tem sido viver.
Mil sonhos, mil vontades dentro de um pequenino ser que ansiava por amor, carinho, por amigos...
Perdeu, no decorrer dos anos, pessoas que amava, e morria um pouquinho. Quando maior, descobrindo-se colorido na vida, tentou pintar o mundo a sua volta. Conheceu pessoas, permitiu-se cativar, entregou-se... Sempre esperando dos outros atitudes que ele mesmo teria, ficou decepcionado. Sempre trocado, ignorado pelos outros e até pelos mais importantes, morria um pouco mais. Sofria em silêncio.
Engoliu o orgulho, diversas vezes e mostrou-se em carne viva,em vão...
Morreu mais um pouquinho...
Ouviu uma vez "preferi mesmo ficar com eles do que com você", "ficar com os outros é involuntário, nem lembrei de você"... 
E morreu mais ainda...
Ele que sempre sofreu, que sempre se adaptou, que sempre entendeu a todos, que sempre buscou o melhor, que sempre ajudou os outros, que várias vezes abdicou de almoço para ajudar os outros... Ele que desistiu do seu maior sonho, não por vontade própria, sofreu sozinho e se reinventou. Ele que só queria ser alguém fundamental e inesquecível na vida de alguém, não conseguiu...
E morreu, de novo...
Ficou triste, pensou em fugir, foi incompreendido, e infelizmente pensou até em morrer, porque seria fácil, e como um amigo que também sofria,  lhe disse uma vez "ninguém sentiria falta mesmo"...
E o que mais me preocupa é que de tanto morrer aos pouquinhos, não sobre nada mais do que uma recordação, que somente ele mesmo lembrará...



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