Não demora, eu vou
estar de volta, porque voltar sempre acaba sendo a melhor saída, o melhor
caminho, a minha certeza. Às vezes, me sinto preso em um labirinto e sempre
acabo encontrando aquilo de que eu tanto quero fugir. Não demora. Como se algo
estivesse errado, como se o curso escolhido pudesse ter outro desfecho, como
se... E se? E se a bela adormecida
tivesse escolhido dormir o máximo pra poder ficar acordada o resto da vida? Se
o João tivesse deixado uma trilha de pão propositadamente, pra não ter de
voltar para casa com sua irmã? Acho que tudo no mundo é um grande ‘e se?’.
Não sou pessimista ou
um daqueles fatalistas, menos ainda um desses filósofos de banheiro, só pondero
os fatos, peso, repeso, analiso custo e benefício. Vale mesmo a pena fugir
disso? Se quanto mais eu corro, mais eu me aproximo de... Não demora muito...
Quiçá outra escolha,
outra forma, outro, outra... Estou me aproximando novamente, e isso é comum...
Meus dias tem sido iguais, numa rotina frenética de correr, cair, voltar,
falar... Verbos não conjugados, no infinitivo, e que pela ideia de infinito me assustam com essa
constância de re – viver, fazer, descobrir – E Hoje eu só queria sair, só,
fugir de mim um pouco... E não demora!