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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Café...

Um café bem forte, por favor!
Quem sabe... Café tem sido um ótimo companheiro por esses dias em que minha alma esteve fria... Interessante pensar em como o ser humano é capaz de substituir oque lhe falta por algo tão artificial como uma bebida... É... Eu realmente tento me entender, contudo minhas oscilações de humor tem me deixado louco... Hoje tudo que sinto está muito mais forte, incomensuravelmente me afetando... como uma lâmina cega, que fere aos poucos, e que me faz desejar a morte. Sim estou mórbido hoje... e onde está meu café? Não sei oque pensar... mil planos a seguir... e a certeza de que hoje não é um bom dia pra mim... Quando se está acostumado a perder sempre, a ser ferido e ter a felicidade extirpada de você, fica difícil acreditar um futuro bom... A brisa da janela que 24 horas atrás me fazia sentir livre e acreditar no melhor, agora me joga numa fria solidão, no fosso da minha alma, cercado por espelhos que me lembra daquilo que um dia eu pensei ser bom e artístico.
Onde está o meu café?
Sinto que preciso de uma daquelas placas de 'saída de emergência' para me guiar até a porta mais próxima para enfim sair dessa caixa onde me encontro... Sim, eu sou patético... Sim eu tenho medo dos meus pesadelos... Sim eu sou extremamente carente...
Queria meu café agora... Agora com tudo de cabeça pra baixo, e que aos poucos eu consigo arrumar... Tenho medo... medo... Será?!
Sim estou em crise, mas como posso não estar com tudo isso acontecendo ao mesmo tempo? Saudade, fracasso, amor, ansiedade, felicidade, medo e medo novamente, procuras...
Café... me traz a lembrança do tempo que eu era criança e que as preocupações com a vida eram simples como as gotas de chuva... De certa forma, o café me aproxima de um passado bom e que me fortalece pra compor esse presente/futuro...
Hoje eu acordei com medo, um medo muito grande, acordei com medo e sozinho, mas não chorei... Nem sequer reclamei por abrigo... Eu hoje tive um sonho ruim, mas não chorei... Senti algumas saudades... Mas consegui ser forte...
Forte, como o café que eu gosto de beber...
E levantei... E arrumei tudo... E cantei... E dancei...
Como a criança, que um dia me lembro ter sido...
E bebi meu café!

(kaio gomes bergamin)  

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