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quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Daqueles gritos na imensidão #9...

O apego não quer ir embora. Acordo todos os dias e sinto como se pudéssemos nos falar, como se estivesses ao alcance da mão. Porque tem que ser assim? Das mil venturas que aconteceram nesse início de ano, nenhuma delas consegue tirar-me essa sensação ruim que mora em meu peito. Meu corpo reage de forma severa a tudo isso. Preocupo-me não comigo, mas nos poucos que me amam. Deves ter pensado isso. Não ouso pensar em coisas tristes. Busco regar meu dia com sonhos e planos e promessas que desejo cumprir. Mas a carência aumenta e não dou conta de me nutrir. Hoje, assim como alguns de meus dias, desempenho minhas funções no automático, fazendo por fazer, mas porque sei que é o melhor nesse momento. O mundo ao meu redor se abre como uma feroz montanha russa onde as pessoas só parecem mais fechadas e egoístas. Fácil reclamar. Difícil mudar. Fácil destruir. Difícil construir. Muito não e pouco sim. Seria tão mais fácil se todos tivessem consciência de que devemos pensar macro, mas agir micro. É aos poucos que as coisas mudam. Passo por passo. Etapa por etapa. Quando mudamos rápido demais, não conseguimos nos adaptar. Adaptação. Palavra rotineira na minha vida. Adaptando-me sempre, como um camaleão que se camufla e nunca perde sua essência. Mas sou mesmo um camaleão? Busco agora entender a minha essência. Adaptar-me virou rotina, enquanto busco encontrar a minha essência. Aprendi a falar um pouco sobre o que sinto, só não consigo me fazer entender. Preciso aprender a expressar-me melhor? Estou errado naquilo que penso e almejo? Nada tem sido o bastante. Estou entrando num outro processo de anulação. Mas se eu tento mostrar minha opinião, dizem-me que estou errado, de forma ríspida, ou ainda dizem que sou insensível e egoísta. Será que sou mesmo? Justo eu que a vida toda fez o possível para agradar a todos... Será que me permiti tanto assim entrar nesse buraco de anulação que as pessoas não conseguem me ver? Me sinto um anti-herói, um antagonista de mim mesmo, carrasco e condenado... E essas coisa que venho sentindo? O que será  que isso quer dizer? Precisava ouvir o que tens a dizer. Precisava de conforto, pois não encontro conforto dentro de mim. Ontem vi uma imagem que dizia: "Onde estão teus sonhos?" "abandonei-os por um emprego estável" e isso me fez pensar muito. Estou dando as últimas cartadas em busca do meu sonho, mas temo o momento em que as cartas terminarem. Camalear novamente? Não sei...
Sinto sua falta.

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