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domingo, 10 de janeiro de 2016

Daqueles gritos na imensidão #8...

Feliz (?) Ano novo...
E eu estou aqui, nesse exato momento, me sentindo completamente exposto. Deves saber a dificuldade dos meus dias e o quanto tenho me esforçado para seguir adiante. Agora com todas a verdades não mais secretas, expondo-me de uma forma assustadora e culposa ao mundo. A ideia de que o mundo seria um lugar mais leve para se estar, deu lugar a um peso muito grande. Estou todos os dias correndo atrás de pequenas coisas que possam aliviar esse momento. Corro... Fortaleço meu corpo para conseguir ser capaz de carregar o mundo sozinho, pois é isso que sempre fiz. Carrego nos braços o peso de uma enorme culpa, de uma dor incomensurável juntamente com uma vida que nunca foi minha. Eu mudo. Eu calo. Eu só. Estou lutando, deves saber, mas é muito difícil, ainda mais quando não consigo reconhecer a pessoa diante de mim nos espelhos casuais. Em quem posso confiar? Quem é aliado? Tenho dormido mal e por conseguinte sou assolado constantemente por sonhos ruins onde a trama gira em torno da minha morte. Prelúdios de alforria? Espero que sim. Mas por hora, não me dedico a pensamentos complexos. Dedico-me a árdua tarefa de reconstruir o quebra cabeça de mim, juntando parte por parte, buscando elos, ligações, acertos. Quando me canso, largo gordas lágrimas debaixo do chuveiro, cansado demais para mascarar a mim mesmo o caos de tudo... Sei que fiquei muito tempo sem contato. Sei que minhas palavras parecem pesadas e densas, porém é assim que me sinto. E contigo posso ser eu mesmo. Sem medos. Ano novo? Ano de arriscar. Estou arriscando. Ano de reafirmar minha fé. Reafirmo. Ano de ser feliz... Desejo.
Quando esse vazio vai ser preenchido? Quando vou encontrar sentido? Quando poderei ser eu mesmo sem me apagar pelos outros? 

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