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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Luz...

Seus olhos estavam fechados, estava escuro e silencioso. sentia o ar se mover a sua volta, talvez fosse seu corpo em movimento por algum motivo. movimentos no vazio, buscando a luz, assim como um girassol. Lançado no movimento vazio da solidão seu corpo se preencheu de um sentimento ruim, raivoso. Relampejava, chovia dentro dele e essa chuva lavou a raiva deixando somente a pena guiar seus movimentos. Relâmpagos iluminavam seu caminho, sua respiração entrecortada ansiava por um novo ar. Resolveu caminhar para por as ideias em ordem, mas como caminhar de olhos fechados? Deu com a cara na parede. Doeu. Forçou abrir seus olhos e tentar enxergar. Viu uma porta e caminhou até ela. Fechou-a. Despiu-se de toda e qualquer roupa, sapato e mágoa. Trancou tudo isso atrás daquela porta e voltou a tatear incertos passos no escuro. Tudo era sem graça, e o tempo demorava a passar. Chegou a uma janela, olhos e janela abertos, avistou um céu cinza e triste. Mas ao longe havia um raio de sol que iluminou seus olhos e a chuva que caia dentro dele formou um arco iris colorindo sua visão. Sabia que existia um mundo de outra cor, bem ali. Subiu na janela e viu o enorme penhasco a sua frente, sem pensar saltou para o infinito, para o vazio no afã de encontrar o que quer que tenha depois do arco iris. Enquanto caia, sentia o vento acariciar sua pele. Abriu os braços como se fossem asas, tentando abraçar tudo que pudesse, tentando abraçar a imensidão. Com os olhos abertos, deixou para trás rastros de lágrimas, brilhantes como estrelas e um novo ar inflou seus pulmões e seu corpo, no torpor de ter encontrado algo que buscava foi tomado por uma amor tão grande que nem sentiu quando seu corpo encontrou as pedras no fim do penhasco. Escutou então uma melodia acelerada vinda de seu coração, sim ele ainda estava ali. Avistou o amanhecer, e o arco iris se abriu no céu, revelando um lugar bem feliz onde tristeza não há. Tudo, então se tornou luz.

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