Estava tudo mudando.
Aquele menino de antes, nunca mais seria
o mesmo depois dessa jornada percorrida. Nunca tendo vivido nesta vida algo
parecido, entregou-se plenamente, baixando a guarda, mostrando-se frágil.
Ele deveria saber que isso não daria certo. A Vida já havia
lhe mostrado várias vezes seu poder destruidor, talvez como penitência, talvez
como aviso de que no final tudo dará em nada. Mas ele já ferido tantas outras
vezes, pensou que o Destino pudesse ter intercedido por ele, dizendo a vida que
o jovem já havia sofrido demais e que ele merecia algo bom, feliz, para sempre.
Mas o para sempre, acaba. E a Vida é uma caixinha de surpresas, cheia de
armadilhas...
Ingênuo ele seguiu nessa jornada, com sorriso franco de um
rapaz novo, encantado no auge de seus vinte e poucos anos de amor.
Viveu tanto nesses poucos anos, intensificando um sentimento
escondido nele: ajudar e ser para os outros, esquecendo-se de si mesmo, sempre pensando no bem dos outros...
Isso nunca foi bom, mas aos poucos ele está aprendendo...
Nessa jornada ele chega então a encruzilhada derradeira.
Isso nunca foi bom, mas aos poucos ele está aprendendo...
Nessa jornada ele chega então a encruzilhada derradeira.
Decepção. Dor. Mágoa.
E aquilo que parecia ser mais-que-perfeito, está desfeito.
Pensa. Repensa. Fala e decide.
De repente fez-se triste o que se fez amante.
Fica o dito pelo redito pelo não dito, em sua confusão emocional.
De repente fez-se triste o que se fez amante.
Fica o dito pelo redito pelo não dito, em sua confusão emocional.
Pois é.
Sozinho.
Segue, só... Diferente, mudado, magoado. Trazendo a marca da
vida em seu corpo, andando sob os olhos atentos do destino. Segue sendo
consumido pela Vida. Cada passo o sufoca. Ardendo queimando. Então, como uma
represa transbordante que se rompe por força da pressão, a arte lava sua alma,
o faz renascer num apogeu de uma formosa fênix. Esse caminho parece ser um caminho que só poderá ter um desfecho... Caberá a Vida ou ao
Destino decidirem, porque ele já não tem mais forças para isso. E enquanto
ambos decidem o que será do jovem, ele permanece sendo consumido pela vida, transformando-se
em arte pelo destino, como uma fênix que renasce e que converte sua dor.
A vida o consome e ele converte-se em arte.
A vida o consome e ele converte-se em arte.
Segue, leve... Até a próxima armadilha da Vida ou da intercessão do Destino.
(KAGB)
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