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terça-feira, 20 de agosto de 2013

Mar...

Aquela cena era o desfecho de tudo. De repente, as letrinhas começaram a subir, as luzes começaram a se acender, e eu estava lá, sentado na plateia vendo a imagem daquele mar até tudo escurecer. Fechei meus olhos e senti que nada mais estava igual como era antigamente, e que aquele fim não era o ideal, não era certo, não era justo. Não tenho poder para controlar como tudo terminará. Mas estava lá, sentindo um pouco daquele mar saindo dos meus olhos. Desejando que tudo pudesse ser diferente.

Nossa vida é como uma praia... Talvez seja uma comparação clichê e talvez alguém já o tenha usado antes... Tudo bem, nossa vida é recheada de clichês. O movimento da água do mar é muito parecido com nossa vida, horas nos banha com calma, horas com tamanha intensidade que abala nossas estruturas. E entre cada onda, forte ou fraca, existe o repuxo do mar, que leva da gente algo ou alguém, fazendo com que tenhamos que nos adaptar. Mas, para tudo que perdemos existe uma compensação, uma nova onda que nos banha com tantas outras coisas...
Assim é nossa vida, marolas, tsunamis... Ondas... de cores, gentes, letras, formas...

Mas quando vem o repuxo? Tudo se perde? O que fica de tudo isso? As lembranças que construímos, tudo que fizemos, como um enorme livro registrando o nosso VIVER. Muitos livros permanecem inacabados, ou sem uma continuação de sua saga. Mas estão ali, escritos, marcados na alma para sempre. Escritos na alma.

Sinto o repuxo... Dói demais... Por favor, não demore a vir próxima onda. 

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