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sábado, 18 de julho de 2015

Desabafo...

Não estou me reconhecendo por esses dias. Acho que esse processo de conhecimento do meu 'eu' está me deixando um tanto sem chão. E sem o chão? Caímos? Não se estivermos com a nossa fé fortificada. Eu que sempre fui aquele que tomava a dor dos outros como minha, e fazia de tudo para que os outros seguissem no caminho certo, e que não entendia as questões alheias, tenho me encontrado com um novo 'eu'. Porém, com esse processo de auto conhecimento, ou reconhecimento, estou percebendo demais seres e criaturas de uma forma muito diferente. Seus matizes assumem outro tom, suas melodias outra nota e tudo fica um tanto quanto caótico e harmonioso ao mesmo tempo. Acho que isso é bom.
Eu vejo o mundo de outra forma. Sim isso eu já sabia, só que agora ganho uma consciência levemente mais elucidada. Tentar entender o próximo. Respeitar o livre arbítrio. Permitir que o outro erre, para poder aprender e evoluir. Não é uma questão de ser um espectador imóvel dos erros alheios, mas cada um sabe da sua vida, cada um é responsável pelas suas escolhas. Aprendi que eu posso indicar um caminho para alguém, porém, não posso trilhar esse caminho por ninguém. Assim como a mãe pássaro que ensina seu filhote como ele pode deixar o ninho, ele observa o alçar voo de sua mãe e tenta aos poucos sair do ninho e ganhar os céus. Em nenhum momento a mãe pássaro segura as asinhas de seu filhote e voa por ele. E assim temos que fazer em nossa vida, seguir nossos caminhos fazendo as melhores escolhas, observando e aprendendo, assimilando conhecimento e transformando em sabedoria.
Mas... Tu cumpre o que tu rezas?
A maioria das pessoas que eu encontro não. Até onde o seu ego e desejo de realização pessoal está interferindo na vida do outro? Quem somos nós para carregar a cruz do outro se nem damos conta da nossa própria?
Insistir em uma ostentação puramente por status ou ainda 'forçar a barra' em determinadas situações para você parecer o que você gostaria de ser é totalmente infrutífero. Mas, veja bem, eu não estou aqui dizendo o que deve ser feito, ou ainda, que eu estou certo. Muito pelo contrário, eu erro pra caramba. Só estou escrevendo com base nos ensinamentos que tenho recebido e na minha nova forma de observar o mundo.
Qual é a nossa verdade? Em que acreditamos? Porque acreditamos? Porque estamos sofrendo? Sim essa última é a pergunta mais difícil de ser respondida. Ou não.
Nossa vida pode ser comparada a trajetória de um rio. Ganhamos a vida assim como uma nascente frágil e vamos seguindo nosso caminho. Alguns afluentes surgem para nos deixar mais fortes, assim como nós muitas vezes nos desmembramos para que outros rios se tornem fortes. E isso acontece de forma natural. Se você tentar mudar o rumo de um rio o que acontece? Ele pode secar, ou ainda secar seus afluentes ou ainda se isolar em um lago e nunca cumprirá seu propósito na vida.
Talvez seja difícil de entender, eu sei, porque no começo foi difícil para mim. Porém, me indicaram um caminho e estou seguindo nele. Não sozinho, atrás de mim os meus afluentes me acompanham, contudo quem assume a liderança da minha vida-caminhos-escolhas, sou eu.