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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Daqueles gritos na imensidão #10...

Falta-me o ar... Falta-me a força... Falta...
O ser humano tem em si a solidão. Somos um agrupamento de células que compõem o corpo. Somos muitas vezes um agrupamento de pessoas... Mas nunca deixamos de ser "solidão". Em alguns momentos conseguimos dosar para encontrar um equilíbrio, uma harmonia com o meio. Estou muito "solidão" hoje. Parece que eu sou pouco confiável para conversas profundas ou fatos corriqueiros. Estou sentindo-me próximo ao que Marilyn Monroe sentiu... "Eu gosto de conversar. (pausa) As pessoas não conversam o suficiente, ou então falam demais. Elas não escutam." E o que acontece depois com ela? Morre. Sozinha em seu quarto. Eu não quero morrer. Mas confesso que é uma ideia tentadora. Quem sabe em outro tempo eu consiga fazer ou ser diferente.
Essa semana me deparei com alguns dos muitos obstáculos que terei que superar, e o ano nem bem começou. Essa semana também revisitei memórias de um diário escrito a muito tempo e percebi que existem fatores constantes em minha vida. A solidão é um desses fatores. Além disso, a capacidade de adaptação e a renovação também. Características de vidas passadas?
Estou triste. Sinto saudades. Gostaria de ter a certeza de que estás ao alcance da mão, mas só te encontro em minhas memórias e dentro do meu coração.
Desculpe essas palavras escassas, mas não tenho força, nem vontade de escrever mais. Não se preocupe, eu ficarei bem...

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Daqueles gritos na imensidão #9...

O apego não quer ir embora. Acordo todos os dias e sinto como se pudéssemos nos falar, como se estivesses ao alcance da mão. Porque tem que ser assim? Das mil venturas que aconteceram nesse início de ano, nenhuma delas consegue tirar-me essa sensação ruim que mora em meu peito. Meu corpo reage de forma severa a tudo isso. Preocupo-me não comigo, mas nos poucos que me amam. Deves ter pensado isso. Não ouso pensar em coisas tristes. Busco regar meu dia com sonhos e planos e promessas que desejo cumprir. Mas a carência aumenta e não dou conta de me nutrir. Hoje, assim como alguns de meus dias, desempenho minhas funções no automático, fazendo por fazer, mas porque sei que é o melhor nesse momento. O mundo ao meu redor se abre como uma feroz montanha russa onde as pessoas só parecem mais fechadas e egoístas. Fácil reclamar. Difícil mudar. Fácil destruir. Difícil construir. Muito não e pouco sim. Seria tão mais fácil se todos tivessem consciência de que devemos pensar macro, mas agir micro. É aos poucos que as coisas mudam. Passo por passo. Etapa por etapa. Quando mudamos rápido demais, não conseguimos nos adaptar. Adaptação. Palavra rotineira na minha vida. Adaptando-me sempre, como um camaleão que se camufla e nunca perde sua essência. Mas sou mesmo um camaleão? Busco agora entender a minha essência. Adaptar-me virou rotina, enquanto busco encontrar a minha essência. Aprendi a falar um pouco sobre o que sinto, só não consigo me fazer entender. Preciso aprender a expressar-me melhor? Estou errado naquilo que penso e almejo? Nada tem sido o bastante. Estou entrando num outro processo de anulação. Mas se eu tento mostrar minha opinião, dizem-me que estou errado, de forma ríspida, ou ainda dizem que sou insensível e egoísta. Será que sou mesmo? Justo eu que a vida toda fez o possível para agradar a todos... Será que me permiti tanto assim entrar nesse buraco de anulação que as pessoas não conseguem me ver? Me sinto um anti-herói, um antagonista de mim mesmo, carrasco e condenado... E essas coisa que venho sentindo? O que será  que isso quer dizer? Precisava ouvir o que tens a dizer. Precisava de conforto, pois não encontro conforto dentro de mim. Ontem vi uma imagem que dizia: "Onde estão teus sonhos?" "abandonei-os por um emprego estável" e isso me fez pensar muito. Estou dando as últimas cartadas em busca do meu sonho, mas temo o momento em que as cartas terminarem. Camalear novamente? Não sei...
Sinto sua falta.

domingo, 10 de janeiro de 2016

Daqueles gritos na imensidão #8...

Feliz (?) Ano novo...
E eu estou aqui, nesse exato momento, me sentindo completamente exposto. Deves saber a dificuldade dos meus dias e o quanto tenho me esforçado para seguir adiante. Agora com todas a verdades não mais secretas, expondo-me de uma forma assustadora e culposa ao mundo. A ideia de que o mundo seria um lugar mais leve para se estar, deu lugar a um peso muito grande. Estou todos os dias correndo atrás de pequenas coisas que possam aliviar esse momento. Corro... Fortaleço meu corpo para conseguir ser capaz de carregar o mundo sozinho, pois é isso que sempre fiz. Carrego nos braços o peso de uma enorme culpa, de uma dor incomensurável juntamente com uma vida que nunca foi minha. Eu mudo. Eu calo. Eu só. Estou lutando, deves saber, mas é muito difícil, ainda mais quando não consigo reconhecer a pessoa diante de mim nos espelhos casuais. Em quem posso confiar? Quem é aliado? Tenho dormido mal e por conseguinte sou assolado constantemente por sonhos ruins onde a trama gira em torno da minha morte. Prelúdios de alforria? Espero que sim. Mas por hora, não me dedico a pensamentos complexos. Dedico-me a árdua tarefa de reconstruir o quebra cabeça de mim, juntando parte por parte, buscando elos, ligações, acertos. Quando me canso, largo gordas lágrimas debaixo do chuveiro, cansado demais para mascarar a mim mesmo o caos de tudo... Sei que fiquei muito tempo sem contato. Sei que minhas palavras parecem pesadas e densas, porém é assim que me sinto. E contigo posso ser eu mesmo. Sem medos. Ano novo? Ano de arriscar. Estou arriscando. Ano de reafirmar minha fé. Reafirmo. Ano de ser feliz... Desejo.
Quando esse vazio vai ser preenchido? Quando vou encontrar sentido? Quando poderei ser eu mesmo sem me apagar pelos outros?