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quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Daqueles gritos nas imensidão #7...

Faz tempo que não te escrevo, não é? Não sei se estás bem, ou como tens passado ou se recebestes as outras cartas. Pois é. Essa correria tem me deixado completamente absorto... Quem diria, em plena madrugada eu usando palavreado culto. Mas é verdade. Em meio a todos os acontecimentos desse fim de ano, estou com mais uma vez insone. Não sei se adrenalina ou medo, ou talvez os dois. Estive pensando muito. Muito mesmo, deves saber. Os problemas são muitos, as soluções não parecem existir. O que fazer? Tudo se distancia numa velocidade absurda, tudo se transforma na pausa de uma respiração profunda. Eu precisava realmente de alguém que pudesse me ouvir. Alguém com quem eu pudesse falar e estabelecer uma conversa e me ajudar a compreender o que se passa. As pessoas gostam muito de falar, mas não sabem ouvir. Eu tento ouvir. Mas parece que não é suficiente. Tenho tentado entender as pessoas, suas oscilações de humor, de energia e de comportamento, mas ninguém disposto a me entender. Ouve o meu silêncio? Por conta disso recorro mais uma vez a ti, escrevendo para quem sabe possas me ajudar de alguma forma. Estou em kakos. Me sinto feio e parece que nada do que faço é bom ou bem visto. Tenho me esforçado tanto. Tenho lutado tanto. Mas será que isso é o bastante? Acho que o problema é aqui dentro. Tento mudar, tento fazer, mas nada sai do lugar. Devo recorrer a quem?
Eu não me reconheço... Não reconheço meus sapatos, nem esse avental, nem essa casa nem esses patrões que exigem mais do que posso.
Sempre soube que eu sou diferente, que vejo e sinto tudo de outra forma, mas tenho buscado um denominador comum, para conseguir me equalizar com o todo. Mas olha aí o fracasso novamente. Não consigo. Porque é tão difícil ser ouvido? Estou com muitos medos assolando minha cabeça que desistir parece ser uma opção plausível na atual conjuntura. Vou pedir impeachment de mim.
Tá doendo demais sabe? Será que fiz as escolhas certas? Será que nasci para fazer isso? Não me acho aqui. Não entendo porque com os outros as relações parecem ser diferentes.
Seja pela foto não tirada, ou pela supervalorização de uma outra pessoa. Queria tanto poder falar isso tudo, mas acho que isso faz parte daquelas coisas que eu mesmo tenho que lidar. Elas são tantas... Mas dói demais. Eu queria uma foto, desfocada que seja, de uma apresentação. Eu queria um comentário feliz ou construtivo de uma apresentação. Eu quero!
Tente me ouvir! Porque eu mesmo não consigo mais.
Sou um completo fracasso.
Depressivo, não é? Porém real.
Estou sorrindo mesmo ou estou mascarando um choro? Estou calmo mesmo ou na verdade estou calando meus gritos?
O que represento afinal?
Por fora me vês como um ser humano de aço, inabalável, constante e permissivo, mas na verdade sou só um ser humano de cristal frágil. Acho que estou trincando. Se eu quebrar, sei que não pedirei ajuda.
Preciso que alguém olhe pra mim. Mas que me olhe de verdade.
Preciso que alguém converse comigo. Mas converse mesmo, que me ouça e me responda sem exasperação.
Quero me sentir vivo.
Sinto saudades...

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Daqueles gritos na imensidão #6...

Tem chovido demais por esses dias. A chuva não parece ser uma chuva comum, parece que a umidade é tanta que entra por nossa pele e chega nos ossos... Faz frio também. Dizem os antigos que estaríamos no verão. Mas ao que tudo indica, estamos vivendo em uma estação não definida. As pessoas estão oscilando de humor, acho que por conta da temperatura ou pela crise instaurada. Eu? Estou um tanto cansado. Cansado de muitas coisas. Acho que por isso tardei a escrever. No dia do meu aniversário, pensei muito em ti, em coisas que dissestes ou em risadas soltas que demos e fechei os olhos e senti como se me abraçasses. E chorei. Tenho bem a quem puxar ser essa manteiga derretida.
Tudo parece estar mais difícil do que de costume. Tenho me estafado de tantas coisas. Mas decidi que preciso me esvaziar dos excessos e me entupir de alegrias. Sorrio sempre que posso mesmo sem querer muito sorrir. E isso é bom. Sorrio. A vida já é por demais pesada para que a gente fique fazendo-a pesar mais, então o jeito é sorrir e com isso deixar o fardo mais leve de se carregar. Olho para o passado e vejo como dei peso para coisas que não pesavam mais do que plumas. Perda de tempo? Não. Caminhos do aprendizado, da evolução.
Estou sem sono agora e decidi aproveitar esse tempo para por nossa conversa em dia. Queria muito saber como estás, se aí está chovendo...
Enquanto isso preparo mais uma xícara de café e escrevo. Estou com tantas dúvidas, medos também, mas não quero falar deles agora, porque isso ia demandar a utilização abusiva de palavras e algumas delas seriam palavrões inapropriados para um bom moço como eu falar (escrever).
Precisava de seus conselhos... A Rainha e a Princesa também precisam. Estou tentando segurar as pontas aqui, mas está complicado. Acho que não tenho forças... Mas sei que temos que reunir forças e sempre seguir adiante. Respiro e me recomponho.
Por hora seria esse o resumo desses dias...
Penso sempre em ti.
Envio todo o meu amor junto com estas palavras desejando que cheguem a ti.