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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Amor...

Certa vez, Afrodite estava preocupada com a morte do amor entre os humanos, que viviam em um mundo onde crescia o egoísmo e a ganância. Ela sabia que todos esses sentimentos - bons e ruins - conviviam entre a humanidade e que caberia a cada um fazer suas escolhas, porém cada vez mais a opção ruim foi crescendo, abalando o equilíbrio da humanidade. Todos começaram a matar para conseguir coisas em proveito próprio e os que não tinham uma opinião formada, sucumbiam àqueles que eram mais astutos, fazendo-os lutar por ideais que não eram deles. Afrodite preocupada com o caminho de autodestruição em que a humanidade caminhava, foi pedir ajuda a sua irmã Atena. Sempre sábia, Atena lembrou sua amada irmã que essa era uma opção da humanidade e que ninguém poderia intervir no livre arbítrio. Elas conversaram por horas, até que Atena comovida pela irmã, conseguiu chegar a uma possível solução. Atena lembrou-lhe que ela não poderia interferir diretamente, mas que poderia influenciar a humanidade, relembrando-os daquilo que eles haviam perdido. Afrodite feliz com brecha encontrada por Atena, pôs-se a pensar no que ela poderia fazer. Foi então que ela decidiu criar duas criaturas, nascidas do amor para que pudessem assim disseminar esse sentimento pela terra. Fez nascer então por entre a neblina de verão dois seres feitos de amor,. Eles cresceram por entre os bosques primaveris banhados pelas águas de inverno, tendo o amor como alimento, fortalecidos pelo laço que os unia. Afrodite contou da tarefa que ambos tinham e soltou-os no mundo para que pudessem tentar ajudar a humanidade. Eles seguiram juntos, com seu amor inabalável, cativando aqueles que por eles passavam. Tocando a alma das pessoas. Porém, algo não estava dando certo, algo que nem Afrodite nem Atena estavam contando. A vida consumia lentamente aqueles seres e ambos acabaram se corrompendo durante sua jornada. Corações feridos, almas dilaceradas... Consumidos por tentarem viver o amor em meio a um mundo de maldades e descrenças. O laço estava desfeito. As luzes da cidade os cegaram e ambos se perderam no caminho. Seguiram direções opostas, sendo feridos e experimentando os sentimentos soltos no mundo. Perdidos, procurando por alguma coisa que não sabiam o que era... Afrodite não podia fazer nada, Atena não conseguia pensar em como poderia ajudar. As duas deusas tentaram diversas formas de fazer com que ambos se encontrassem novamente... Até que um dia, casualmente eles se encontraram. Mas não se reconheceram. O tempo havia passado e o ontem havia sido o momento de suas vidas, as lembranças daqueles dias de glória turvaram os olhos de ambos que traziam no corpo cicatrizes amargas e algumas histórias na mochila... Tamanha foi a intensidade do encontro que a energia gerada fez com que o laço que os unia voltasse mais forte do que antes... Nada se comparava a aquele olhar que eles trocaram, nenhuma preocupação, nenhum medo ou cuidado, todos os erros e arrependimentos ficaram guardados na memória, afinal ninguém poderia adivinhar esse gosto amargo que isso teria. Afrodite desejou voltar no tempo para que aquelas duas almas criadas para o amor não tivessem sofrido tanto, mas isso era impossível, até mesmo para uma deusa como ela. Eles se olharam por muito tempo, se reconhecendo um no olhar do outro, aproximando-se em silêncio suas mãos se encontraram. Suas almas transbordavam com aquele contato puro e seus lábios se encontraram finalmente, produzindo tamanha luminosidade que nem Afrodite foi capaz de enxergar. Então ambos amantes redescobertos foram consumidos pelo amor que os criou e que tanto eles buscavam. Suas almas fundiram-se em uma. Afrodite então, comovida com tamanho amor, levou essas almas, agora uma, para o céu, mantendo-a perto, dando-lhe o nome de Neith a misteriosa lua de Vênus. Afrodite pensou que seu intento tinha sido em vão, porém a semente plantada por esses amantes por onde eles passaram germinou forte, e o amor voltou a mostrar sua força. Ela ficou feliz por saber que tudo que fizeram não foi em vão. O amor ainda tem força.

(aspirações literárias não totalmente reprimidas)

domingo, 10 de novembro de 2013

12:41pm

Era uma vez um menino...
Porque esse celular teima em despertar quando eu estou tão cansado. Tudo que eu queria era dormir mais um pouco... Mas ele não deixa. Me animo com o desejo de uma bela e grande xícara de café com leite, algumas torradas e uma fatia de melão que preparo para meu café da manhã. Quem diria que um dia eu comeria tanto assim, de manhã. Sorrio ao me olhar no espelho do banheiro, vejo alguém diferente refletido... Rosto ingênuo e com espuma branca espalhada ao redor da boca. Raiva? Não creme dental. Escovo os dentes, enxáguo a boca deixando a raiva mentolada escorrer ralo abaixo. Examino meu olhos, hoje mais esverdeados do que o habitual. O cabelo tá horrível, mas não vou me importar com isso. Como em um musical da disney, preparo meu café cantando, imaginando pássaros, coelhos e esquilos me ajudarem com os afazeres matinais. Que loucura.
Depois do café tento arrumar meu quarto, e vou conferir meus e-mails pelo celular e reparo na data. Nem parece que hoje é hoje. Será que passou tão rápido assim? Me sinto em uma montanha russa, bem na hora da descida rápida. Não é legal, é nauseante perceber tudo assim de uma vez. Me sinto com várias toneladas, quando na realidade eu perdi 3 quilos em duas semanas. Nossa, eu perdi 3 quilos? Gente... Preciso ver isso, não deve ser normal...
Visto uma roupa confortável, que combine com minha alpargata preta de sola amarela. Gosto dela. Coloco a mochila nas costas decidido a seguir meu dia normalmente, preparado para minhas aulas e ensaios. Abro a janela do meu quarto e vejo o lindo dia de sol, presente pra mim? Quanta pretensão...
Saio do apartamento, tranco a porta e sigo pela rua, cantarolando as músicas que ouço em meu fone de ouvidos, as pessoas me olham, umas espantadas, outras com sorrisos no rosto, outras não estão nem aí. Ando.
O dia segue. Passo pela rua que me traz várias memórias, agora é difícil focar nelas, parece que estão se perdendo.
Ensaios, aulas...
12:41...
Estou parado na padaria, pagando por um bolinho confeitado. Saio de lá, sento em um banco no parque, perto de uma árvore de flores amarelas, seguro o bolinho entre as mãos, encaro a velinha acesa, repensando tudo que se passou, agradecendo e desejando outras tantas coisas. Com os olhos fechados canto baixinho para mim, meu celular vibra no bolso, sorrio. Ela jamais esqueceria, nem deixaria passar em branco. Falo com mamãe, lágrimas teimosas decidem sair de meus olhos. Desligo o telefone. Sopro a velinha ao mesmo tempo em que o vento sopra forte.
Dou uma mordida forte e gulosa no bolinho. E sigo com meu dia.
Não mereço parabéns por nada, na verdade.
Ensaio mais... Aulas mais...
Chego a noite em casa. Preparo mais uma xícara de café e sento na janela do meu quarto observando que o mundo segue seu curso... Respiro e o aroma do café me anima.
Decido reescrever.
Começo então...
Era uma vez um menino que gostava de amarelo...

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Através do Espelho...

Parado diante de um espelho? O que você vê?
Você se reconhece?
Quem está do outro lado do vidro?
Será que você abriu seus olhos o bastante para perceber as coisas boas? Ou somente se contenta em sustentar seu fracasso como forma de auto destruição?
O mundo já está em movimento, e você quando nasce pega literalmente o bonde andando. Nos adaptamos, corremos atrás, nos doamos e vivemos cada dia como se ele fosse o último. Enquanto isso você faz o que?
Não pense que se colocar de castigo no canto da sala vai lhe ajudar. Seu pior inimigo é você mesmo. Seu maior aliado é você mesmo. Cabe a você decidir qual lado ouvir, mas lembre-se que todas as suas escolhas acarretam uma centena de consequências e você deve estar preparado para cada uma delas. De cabeça erguida, peito aberto.
Olha no espelho e me diz, o que você vê?
Destruir-se não é a melhor escolha, por que com você outras pessoas serão machucadas também.
Opte pelo caminho que menos vai doer.
Sim porque a vida dói e as vezes a gente sangra pra saber que está vivo e não se perder em um mundo de sonhos e ilusões. Você tem o mundo em suas mãos, todas as possibilidades, então não pense que você não tem nada.
Então levanta, vai mostrar ao mundo o por que você está aqui, contaminando as pessoas com sua bela energia e cativando as pessoas com esse sorriso sincero. Mexa-se!
E aí? Quem é esse do outro lado?