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sábado, 21 de setembro de 2013

Medo...

Qual é o motivo dessa inquietação?
Porque seu coração está assim apertado e ameaçando transbordar?

Pressentimentos, coisas que permeiam sua cabeça ingênua, facilmente iluminada pelas cores de um futuro ruim impedem as cores de um futuro bom de fixarem-se. Descolorir essas imagens seria uma boa opção, e lavar sua mente com uma límpida água de esperança poderia ser uma solução.

Lava mas não tira a marca deixada pelo medo do que ele pode ver.

A Rainha Guerreira, estava precisando da sua ajuda e ele não sabia mais o que fazer para ajudar, porque a Rainha sempre fora seu espelho, sua guia, sua melhor amiga e agora depois de tudo, estava sucumbindo às provações do senhor Tempo. O tempo resolve tudo, dizem... Mas o Tempo só lhe dá tempo para você mesmo conseguir resolver suas aflições. E a Rainha, de olhos d'água vertia rios tristonhos, e seu sorriso primaveril chegara agora ao ápice do inverno.

Como fazer a Rainha redescobrir a força para mover e viver?
E aí Tempo? Será que você pode ajudar dessa vez?

Desejando o nascer do sol...


sábado, 14 de setembro de 2013

Encontro de PRIMAVERA...

O salão estava caótico. Risos. Pessoas. Dança.
Escutava as conversas paralelas sem prender-me de fato. Segui andando em direção à saída, precisava conseguir ouvir minha voz, reconhecer-me em meus pensamentos. Cheguei a varanda e ousei sentar na beirada do telhado, por ser um lugar isolado e calmo. Sempre tive medo de altura, mas a essa altura do momento, queria somente respirar e me ouvir. O ar frio soprava em minha pele, aliviando a ansiedade juvenil pulsante dentro de mim. Olhei para o céu, num azul profundo hipnótico. Surpreendi-me brincando de  desenhar no céu, como se todas as estrelas formassem um enorme liga-pontos, criando e recriando formas. Algumas vezes precisava mudar o rumo do traço por conta de algumas estrelas que, sacanas, teimavam em cair do firmamento. Uma delas, muito brilhante e amarela, chamou-me a atenção. Olhei-a caminhando, caindo em direção ao chão, deixando no céu seus últimos rastros de vida. Lembrei-me então do motivo de eu estar ali, sentado na beira do telhado.
Aquele sufoco dentro do salão estava me consumindo. Precisava sair de lá e sentir-me inteiro.
Algo estava muito estranho, errado, como se eu fosse um enorme quebra cabeças a ser completado, mas aonde estariam as peças faltantes? Desci do telhado e lentamente voltei para dentro do salão, andando preguiçosamente por entre aquelas pessoas sufocadas nelas mesmas e que nem ao menos notaram que eu passava em um ritmo diferente do habitual delas. Saí.
Olhei para o céu e vi o rastro deixado por aquela estrela e decidi segui-lo. Não tinha mesmo para onde voltar. Caminhei até avistar o sol nascer e com ele todo o mundo iluminar-se. Caminhei por tanto tempo que estava com saudades do calor do sol. Já não havia mais rastros de estrelas para seguir. Sentei-me e decidi para qual caminho seguir.
Esquerda.
Caminhei.
Pouco tempo depois, percebi que em algumas árvores no caminho tinham em seus galhos algumas fitas desgastadas pelo tempo. Fitas amarelas. Fui tomado por um desejo forte de descobrir qual seria o caminho apontado por aquelas fitas amarelas. Segui à passos largos percebendo que cada passo dado mais fitas amarelas surgiam.
Por fim cheguei a um enorme carvalho todo decorado com aquelas fitas amarelas. Sorri como se aquela imagem me fosse conhecida, como se eu soubesse o motivo de aquelas fitas estarem cuidadosamente amarradas nos galhos do carvalho. Caminhei um pouco mais e cheguei a uma campina, com várias margaridas plantadas e mais fitas amarelas. Ao centro da campina havia um chalé com uma chaminé que soltava fumaça denunciando que havia alguém ali dentro.
Criei coragem e andei em direção ao chalé, percebendo que nele também haviam fitas amarelas. Pensei que possivelmente a pessoa responsável por amarrar aquelas fitas morasse ali. Entrei. Havia um cheiro de café fresquinho, uma mesa com vários papéis escritos. Cartas? Palavras escritas na paredes, portas e janelas, foi quando senti uma lágrima escorrendo de meu olho e ouvi alguém dizer:
- Que bom que você voltou. Cumpri minha promessa, amarrei fitas amarelas para contar o tempo em que você ficou fora e agora, você está aqui, de volta!
Suspirei e senti o quebra-cabeça ser completado pouco a pouco.
- Desculpe-me mas não consegui escrever mais para você, porque acabaram-se os papéis e depois minhas mão não suportavam mais. Mas nunca parei de prender as fitas amarelas. Que bom que você voltou, agora sim estamos na Primavera.
Aproximando-se de mim, concluiu o quebra-cabeça encaixando a última peça que faltava. Beijou-me os lábios e pude sentir toda a verdade daquele amor.
Olhei em seus olhos e sorri. disse-lhe:
- Desculpe a demora...
- Venha, vamos tomar um café e viver nossa Primavera.
Encontrei aquilo que me faltava.
Sorri e entreguei-me.
Leve.

domingo, 8 de setembro de 2013

Desabafo...

Meu bem...

Gastei muito tempo tentando entender e digerir tudo o que aconteceu. Demorei para entender que aquilo que antes estava reluzente à muitos meses tinha se tornado somente um feixe fraco de luz. Eu, talvez por medo, de perder ou do novo, tentei com todas as forças manter a luz acesa. Me exauri. Por que não há como manter vivo algo que morreu a muito tempo. É triste, mas demorei para entender que antes de mais nada eu estava desistindo de mim, tudo para manter algo que eu já não tinha mais interesse nem força de sustentar. Porque sustentei sozinho.
Você, com suas mentiras, enganações, egoísmo e traição, fez escolhas para o seu bel prazer, sem pensar nas consequências que elas acarretariam. Sinceramente, eu não acho que mereci isso de você, porque tratar de tal forma vil alguém que só quis seu bem é muita maldade. Sofri. Chorei. No começo pensei que a separação seria ruim, mas logo depois percebi como isso seria bom para mim. Obrigado por isso. E fico feliz em ver que você, mesmo sem saber, partiu me fazendo um bem danado. Não vou dizer que estou contente com isso, mas entendo que foi o melhor.
Você me decepcionou demais é verdade,  mas apesar de tudo eu ainda me importo com você, por que eu sou assim, por que eu amo você. Quero o seu bem e o melhor para você, mesmo que não esteja perto, de longe vou estar cuidando de você.
Começamos como 'inclassificáveis', por não saber como nomear aquele sentimento bom e terminamos da mesma forma que começamos, 'inclassificável', sem saber classificar a mudança.
Mudança... Tudo está mudando agora. Um antigo eu, que estava adormecido, está despertando, alimentado por altas doses de alegria e felicidade como não havia experimentado antes. Estou leve.
Estou reaprendendo a viver, a me encantar com cada detalhe da minha vida e das pessoas que estão fazendo parte da minha vida.
Mas mesmo seguindo adiante e apesar de tudo, sinto saudades de você. Um saudoso sentimento dos momentos bons e daquilo de bom que vivemos juntos. Espero que você esteja bem. Quando precisar estarei aqui.
Até.